Empresária teve fratura nas vértebras e quase ficou paraplégica após mergulho em piscina no RS
Flaviane Dias Cumerlato virou notícia dias atrás por ter sobrevivido a um incidente quase fatal. Ela e sua família alugaram uma casa em Capão da Canoa, município localizado no litoral norte do estado do Rio Grande do Sul no início de fevereiro e a empresária teve o cabelo sugado pela bomba da piscina. A empresária teve fraturas nas vértebras C5, C6 e C7 e precisou ser operada às pressas após o ocorrido.
De acordo com o doutor Carlos Cedano, ortopedista e chefe da equipe de ortopedia do Hospital Regional de Cotia, é preciso seguir uma conduta para resgatar alguém em situação semelhante para que a tentativa de ajudar não provoque ainda mais traumas. “Em casos em que ocorrem incidentes como esse, o ideal é desligar a máquina da piscina e depois retirar a pessoa. É claro que, no momento de forte emoção e estresse é muito difícil tomar essa decisão, e não podemos esquecer que o tempo pode ser fatal já que a vítima pode morrer afogada”.
Flaviane relatou em entrevistas para a televisão que o sugador da piscina puxou com tudo seu cabelo e ela ficou presa embaixo da água. “Fiquei tentando puxar e jurava que ia morrer afogada, quando consegui tirar um pouco de cabelo e coloquei a boca um pouquinho pra fora e gritei ‘socorro’. E aí eu afundei de novo quando fui retirada pelo meu marido”.
Depois do incidente, ela detalhou que sentiu muitas dores e saiu da piscina sem sentir as costas, o que a preocupou muito. Foi preciso realizar uma cirurgia de aproximadamente 12 horas e ela teve que ficar alguns dias imobilizada, fora a internação, fisioterapia e todo processo de recuperação após o procedimento.
Segundo Cedano, a cirurgia foi realizada para estabilizar a coluna. “Quando acontece esse tipo de lesão precisamos estabilizar a coluna para impedir que haja movimento nas fraturas e prevenir dano posterior à medula. Existem diversas técnicas cirúrgicas, mas em todas o princípio é a fixação e estabilização da coluna, com auxílio de implantes metálicos”.
Após a cirurgia a mulher relatou em suas redes sociais que sentia dores para se alimentar e seu rosto estava bastante inchado. Ela ainda se recupera em casa, já que o processo é lento e ela ainda tem seus movimentos muito limitados. O ortopedista avalia dizendo que o prognóstico da paciente é bom. “Não podemos afirmar que haverá cem por cento de sucesso em um breve espaço de tempo porque após esse tipo de lesão é comum apresentar limitações de amplitude de movimentos do pescoço devido às fraturas e à fixação”.
O que fazer para evitar acidentes similares
Especialistas reforçam a importância da manutenção efetiva dos ralos de piscina, garantindo sua eficácia e segurança. Atualmente existem sistemas com interrupção de funcionamento ao apertar um botão de pânico, além de proteções de ralos que impedem a sucção de cabelos ou qualquer outra parte do corpo que chegar perto do mesmo. Alguns condomínios visando a prevenção de incidentes investem nessas alternativas e o caso da empresária serve como um alerta.
Ao alugar sítios, casas e frequentar clubes e espaços de lazer questione os administradores quanto às resoluções de segurança. Prender os cabelos também é recomendado quando você não tem certeza sobre o sistema da piscina e os riscos. Após diversos pulos, mergulhos e outras brincadeiras que levam as pessoas à parte funda da piscina, deve-se tomar cuidado para evitar a sucção na parte dorsal do corpo.
Por fim, vale se atentar aos acessórios utilizados (como correntes, pulseiras, relógios, braceletes e as próprias roupas de banho). Embora seja mais fácil escapar do ralo da piscina quando eles são sugados, vale a pena evitar entrar na água com esses acessórios, a fim de reduzir as possibilidades de acidente.
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